quinta-feira, 1 de julho de 2010
A morte.
Quem nunca lidou com a morte um dia? Difícil encontrar quem nunca tenha lidado. A morte deixa saudades, deixa tristeza, mas no fim, deixa a alegria de ter vivido tais momentos com algum ser. Quando se conhece alguma pessoa na infância e essa amizade perdura até um certo tempo, é uma das amizades mais sinceras que temos, pois o amor que alí foi brotado na infância, jamais poderá se apagar por completo, porque na infância é que temos o sentimento mais honesto, onde jamais teremos de novo. Chega um momento, que vocês tem que se separar, mas o amor não morre, e a saudade e os pedidos de proteção todos os dias só aumentam com o passar do tempo, quando, de repente, você jamais imaginaria que uma notícia fosse tão repentina e tão dolorosa ao mesmo tempo. Seu amigo morreu, e você não pode fazer nada pra ajudá-lo, nem ao menos tentar dar um pouco da tua vida, teu sangue. Acidentes acontecem sim, mas não de uma forma horrorosa quanto aquela. O carro havia sido totalmente destruído, e uma das pessoas que você mais gostava, morreu na hora, sem ter chance de tentarem fazer ela voltar. Havia passado no noticiário, mas você, com a euforia da vitória de sua seleção, acabou nem vendo, e sua madrinha é encarregada e avisar à sua mãe. Ela por fim, avisa a você, e seu mundo desmorona, e abre um buraco em sua alma que você é incapaz de calcular a extensão. Morte. Dor. Desespero. Tristeza. A dor é tamanha que você acaba dizendo que a vida é injusta, que Deus é injusto, mas na verdade você nem sabe se é. Sua indiganção aumenta e só quer voltar no tempo quando vocês voltavam para casa de condução, e você vinha rindo com ela. Dos tempos em que você saía da aula e ela vinha correndo pra te dar um abraço. Dos tempos que ela te achava fofa e era como se você fosse a irmã mais nova dela. Dos tempos, em que vocês largavam o bingo de um chá de panela, pra brincar juntas. A pequena e a grande, se encaixando em uma amizade perfeita. Só que acabou a felicidade, a nossa tranquilidade, tudo acabou. O que me resta é a saudade dos teus risos e abraços. "Morte, que sugou o teu mel, mas não teve nenhum efeito sobre tua beleza". Vai em paz, Elisa Azário.
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