quinta-feira, 3 de novembro de 2011

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Superação e dor podem andar juntos, de uma tal forma que podem te surpreender. Nem sempre a vida é do jeito que queremos, mas temos que superar, querer não é poder.

quarta-feira, 2 de novembro de 2011

Um Acidente.

Karolina era uma menina de 14 anos. Sempre sempre se apaixonou por pessoas erradas, e sua vida era mais virtual do que real, era somente uma forma de se livrar de seus problemas constantes, sua mãe era uma pessoa difícil de se lidar, e se pai mal parava em casa.
A meina vivia sobracarregada, estava com o pé no ensino médio, e já estava sentindo a pressão. A confusão. O medo de um curto e ao mesmo tempo confuso ciclo. Além de fazer curso para entrar em uma escola técnica, fazia aulas de natação. Lá, ela mal sabia o que aconteceria.
Quando seus olhares se cruzam, você geralmente abaixa os seus olhos e pensa se você está bem ou não. Bom, não foi bem assim. Karol, como era chamada a maioria das vezes, havia acabado de chegar na sua aula de natação, cansada um tanto que só Deus sabia, por causa disso, parou para conversar com sua amiga de longo tempo, Larissa, e, quando olhou para o lado o mndo parou. Só conseguia olhar pra ele. O que de interessante havia nele? Não sabia, mas sabia que seu olhar era único, jamais vira um olhar assim antes. Seus olhos se cruzaram, e ambos se olharam sem nenhum impedimento, como se eles se falassem pelos olhos.
Quando deu-se conta, não conseguia parar de olhar para o menino, estava intrigada por nunca ter visto um garoto daquele jeito, pela fisionomia, aparentava ter uns 17, 18 anos anos. Mas de que a idade importava? Larissa percebeu, mas calou-se. E o silêncio tomou conta do eu interior, e assim foi durante um mês.
Até que finalmente depois de muito perguntar sobre o determinado garoto para seu professor de natação, quando ele estava se preparando para começar a aula, seu professor o apresentou para ela. E Karol não conseguia conter a emoção estampada em seus olhos. Aquele olhar, aquele sorriso. Por fim, os dois começaram a conversar, e não pararam mais, esqueceram-se da aula e só existia aquele momento.
Durante meses os dois se falaram, até que ele teve que deixar as aulas, por causa de sua faculdade. Logicamente, um menino de 18 para 19 anos tinha que fazer algo e deixar algo. E assim se fez. Karolina descobriu o msn do menino e o adicionou. Demorou para que eles se falassem lá, mas assim foi feito. Até que Karolina, se não fosse uma menina acostumada com surpresas e decepções, teria chorado.
O menino declarou que ainda gostva de uma ex namorada, e ela sentiu seu coração apertar, acelerar, e apertar outra vez. Ela o deu conselhos, porque apesar de tudo, queria o menino feliz, jamais fizera isso antes, mas sabia que era o certo, e que no fim, conseguiria, mas estava sendo difícil. Eles conversavam. Por horas, horas e horas.
Até que um dia o menino falou para Karolina, que sua ex iria voltar para a cidade, já que estava longe para fazer faculdade em outro estado. O concurso que a mãe que Karolina iria fazer seria na faculdade dele, e no mesmo horário em que ele estaria lá. Ela decidiu acompanhar a mãe.
Chegando lá, ao atravessar a rua, viu o menino distraído indo atravessar no mesmo sentido que ela. Por um detalhe, o destino mudou. Um carro em alta velocidade veio, e iria acertá-lo em cheio. Karol não sabia o que fazer. Chorar? Correr? Gritar? Não, nenuma das alternativas.
Karolina correu, gritando somente um: - NÃO!
E ela o empurrou com tanta força, que o fez cair na calçada. E só conseguia ouvir gritos de socorro, surpresa e susto. O carro acertou-a, ao invés de acertá-lo.
O sangue escorria pelo chão, e menina não respondia nada. Só se via seu rosto úmido. E os gritos do menino tentando reanima-la, mas de nada adiantou. Ela estava morta. E havia morrido por uma vida que talvez, nem valesse tanto quanto a sua própria vida, mas para ela valia, e o fez
Revolta, a revolta tomou conta de sua melhor amiga e dos meninos que a amavam. Karol era uma menina bonita, desejada e inteligente, as pessoas geralmente tinham fácil afeição por ela, por que morrer por uma pessoa que nunca fez nada a ela? A perguntar só trazia mais revolta, por fim, a mesma estremeceu, se transformando em dor.
Passaram-se os anos, e um vazio tomou conta da vida do menino. Até que a mãe de Karolina o encontrou, e o perguntou:
- Você voltou com aquela sua ex namorada, que morava em Pernambuco?
- Não...
Houve um breve silêncio, e ela surpresa perguntou:
- Mas o que aconteceu?
- Percebi que não gostava dela tanto assim.
- Mas por quê?
- O vazio que ela me deixou não foi nem comparável ao vazio que Karolina me deixou. Tenho certeza que ela não se colocaria na frente de um carro pra me salvar. Não me daria conselhos mesmo que doesse depois, nem sacrificaria seus horários por minha causa. Tolo, só fui perceber tarde demais, e acabei só, e não iludirei a ninguém sendo que tenho outra pessoa em minha cabeça, não importa se ela era mais nova, ou menos experiente, mas o que ela fez por mim é incrivelmente fantástico, e nunca fui tão grato a uma pessoa. Quem deveria estar morto era eu, e só não estou porque aquela menina me amava mais do que qualquer coisa e eu nunca dei valor a nada. Eu não teria feito a mesma coisa por ela.
As lágrimas começavam a escorrer de seu rosto, e ele continou:
- Eu causei tanto mal a vida dessa menina que nem eu mesmo sou capaz de imaginar. Os choros por trás dos sorrisos que ela me mostrava, a dor por trás dos abraços. Eu destruí uma das pessoas mais preciosas que o mundo tinha.
A mãe da menina escutava tudo com os olhos fixos no dele, por fim, ela o abraçou e disse:
- Um acidente sempre é cheio de culpa e melancolia. Ela arriscou a vida dela por você, se ela arriscou, é porque você valia o mundo dela, e se você morresse, ela de um modo morreria também, e a pior morte, e é em vida.
mas se for pra falar de algo bom, eu sempre vou lembrar de você.

domingo, 20 de fevereiro de 2011

Problemas.

Ultimamente tem sido difícil. Amar alguém, mas como amigo, e simplesmente não entenderem. Como vou parar de te magoar, ou pior, como vou não te magoar, se o que tenho pra dizer não é do seu mais desejoso interesse? Se eu disser que me coração está ocupado, você irá sofrer, e eu irei sofrer em dobro por você ser tão importante a ponto de eu lembrar de você todos os dias. Eu queria poder te amar da mesma forma que você me ama, mas parece que tudo é tão cruel a ponto de eu nunca conseguir ver você com o outros olhos. Eu minto dizendo sentimentos que simplesmente não existem e me sinto culpada. Mas o que vou fazer pra você não chorar? Sinto muito por tudo isso, mas vou ter que abandonar tudo isso pra um dia você ver e simplesmente esquecer,  falar? Coragem me falta. Mas também não quero alimentar mais tuas esperanças como já alimentei. Eu realmente amo você, mas você só será meu amigo.
Sinto muito.